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Praça Tiradentes |
A família paterna da Dani é dessa cidade. Talvez, sua veia ecológica e o sorriso sempre estampado no rosto venham daí. O Tiago ficou curioso com tudo isso e essa seria uma ótima oportunidade para descobrir o motivo dela comer tanto pinhão. Então, fomos buscar essas origens e escolhemos o nosso destino: a capital do Paraná, Curitiba, a “Cidade Sorriso”, “Capital Ecológica do Brasil” e “Capital das Araucárias”.
Animais e Araucárias no Praça Garibaldi, Setor Histórico
Nos hospedamos no centro, próximo ao setor histórico, e assim tivemos liberdade de visitar os locais a pé, caminhando pelas ruas, se misturando a cidade, descobrindo e adentrando os prédios. Passamos na Catedral Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, centros culturais com exposições de artistas locais, Rua das Flores, Casa Memória Curitiba, Centro Islâmico e o lindo Paço da Liberdade.
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Paço da Liberdade no Setor Histórico de Curitiba
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Uma das vantagens de Curitiba para quem deseja conhecer os pontos turísticos da cidade com segurança, comodidade e controle de custo, é o ônibus turístico. Porém, diferente do de Buenos Aires , aos invés de ter limite de dias e reembarque ilimitado, ele pode ser usado em qualquer dia com limite de quatro reembarques. Achamos uma desvantagem, pois você acaba tendo que planejar muito bem onde parar, e para conhecer tudo, acaba tendo que comprar outro passaporte ou chamar táxi, pois uma parada turística é bem longe da outra. A vantagem é que, apesar do ponto inicial ser na Praça Tiradentes, os tickets são comprados no ônibus, em qualquer parada. Uma característica infeliz que eles tem em comum é o atraso, então se preparem para esperar de 20 a 40 minutos, ou mais.
Uma dica é aproveitar os pontos mais famosos no primeiro dia, como o Jardim Botânico ou o Museu Oscar Niemeyer, e ao dar a volta no ônibus, que é circular, analisar os demais pontos para escolher quais valem a pena parar. A viagem apesar de ser um pouco longa, é perfeita para contemplar as variações dos bairros da cidade, sempre bem arborizados e limpos. Entramos no ônibus de tarde e só desembarcamos de noite. Aproveitamos todos os aromas e a mudança do clima, da tarde encalorada para a noite gelada.
Museu Oscar Niemeyer
E já no primeiro dia não perdemos tempo e almoçamos no Balarama, que é o único restaurante vegano da cidade. É bem localizado no centro histórico, de comida indiana simples, bonito e com preço justo. O buffet é livre, incluindo o suco e as sobremesas. Super indicado! Eles foram muito atenciosos e simpáticos conosco. Aliás, tod@s da cidade foram, quebrando o falso estereótipo sulino de “povo fechado”. Além disso, o lugar tem adesivos sobre veganismo e outros cartazes de diversos movimentos sociais. É muito legal ver um local com tanta informação relacionada a libertação animal humana e não-humana.
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Delicioso e diversificado prato vegan no Balarama |
Depois de aproveitar a viagem no ônibus turístico e já traçarmos qual seriam os nossos destinos no dia seguinte, só restou uma opção: comer de novo! A noite, tivemos um jantar muito agradável na cantina italiana Originale, no bairro Cabral. No cardápio, há um lugar reservado para “Seleção Vegan”, com vários pratos. Pedimos um nhoque de espinafre com molho de pimentão, e um
vinho Casillero del Diablo para acompanhar. O prato estava delicioso, o lugar é aconchegante, bem decorado e com ambiente tranquilo.
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Nhoque vegan de espinafre e molho de pimentão na cantina italiana Originale |
No sábado, a cidade estava se preparando para a Festa da Luz e já haviam barraquinhas montadas próximo à Igreja do Rosário dos Pretos. Lá encontramos uma barraca especial, com materiais das Ongs de proteção animal Beco da Esperança e a Associação do Amigo Animal. Esta última, reparamos no material informativo o cuidado especial com os animais, em usar termos respeitosos como “GUARDA Responsável” e “EVENTO de adoção”, além dos eventos beneficentes serem vegetarianos.
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Blusas com mensagens a venda na barra das Ongs Beco da Esperança e Associação Amigo Animal |
Morgados de subir e descer ladeiras e rodopiar praças, e na dúvida se os restaurantes estariam abertos devido ao feriado da padroeira, decidimos ir a um restaurante ali no centro histórico, onde já havíamos visto aberto, e com uma linda fachada, o Oriente Árabe. É sabido que a cozinha árabe possui muitos pratos tradicionais sem nada de origem animal e pudemos fazer um almoço bem variado e com ótima qualidade oferecida pelo restaurante. Babaganuch, homus, tabule, falafel e arroz com lentilha e cebola caramelada!
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Almoço vegan no Oriente Árabe |
Quando nos afastamos no centro para visitar os bosques, parques e palácios, fica mais complicado encontrar restaurantes, portanto vale se manter com sucos nutritivos aproveitando o calor, como o maravilhoso suco natural de amora na entrada do Bosque Alemão e o caldo de cana com limão na Ópera de Arame. Aliás, o Bosque do Alemão é um lugar lindo que vale a pena visitar, e tem uma trilha divertida do João e Maria, da história dos irmãos Grimm.
Suco natural de amora no Bosque do Alemão
E como nem tudo são flores, mesmo na florida e cheirosa Curitiba, apesar dos empreendimentos da cidade já se atentarem para o público vegetariano, com opções de hamburgueres, salsichas e recheios vegetais, que encontramos no Zapata, Vininha, Dom Corleone e Au Au Lanches, pecam ao esquecer do veganismo, não dando atenção a detalhes importantes como o leite na massa. Detalhes esses que promovem um abismo entre eles e esse público fiel, causando frustração. Por isso, vale sempre mandar e-mail ou mensagens pelo Facebook para esses locais, motivando a se atentarem para o veganismo.
Como última dica e de ouro, reserve o passeio ao Jardim Botânico para o momento do pôr do sol. Não havíamos planejado isso e foi uma grata surpresa. O local rende ótimas fotos com vários tons de cores! Realmente é um visual único os tons alaranjados e dourados nos vitrais no Palácio de Cristal, o clima ameno nos jardins impecáveis, e a visão ampla da cidade ao longe e o sol de pondo. Até a próxima!
Jardim Botânico
Gostaríamos de agradecer as indicações atenciosas do pessoal do grupo “Vegetarianos e Veganos Curitiba” no Facebook, e do grupo Onca.
Mas, pera, pera, pera, pera! Em Setembro de 2013 nós voltamos a Curitiba e encontramos mais dicas maravilhosas, como esse hamburguer vegano aqui embaixo! hehe Não deixe de conferir mais dicas para um roteiro vegano em Curitiba AQUI.
Restaurantes:
Balarama: www.balarama.com.br/
Originale: www.originale.com.br/
Oriente Árabe: www.orientearabe.com.br
Direitos Animais em Curitiba
Onca: http://www.onca.net.br
Associação Amigo Animal: http://www.amigoanimal.org.br
Beco da Esperança: http://www.becodaesperanca.org/
Curiosidade
O Hotel Guaíra possui restaurante vegetariano. Não chegamos a conhecê-lo. http://www.hotelguaira.com.br/
Dicas extras
Não tivemos temos de ir em todos. Demos preferência ao Balarama, que é o único 100% vegano da cidade. Mas segue abaixo lista de uns que possuem opções vegan também:
Pin-chan – Buffet a quilo com opções veganas. – Rua Floriano Essenfelder, 475 – 32534969 / ABERTO De Segunda a Sábado.
Formosa – Buffet livre ovo-lacto de comida taiwanesa/chinesa com opções veganas. Suco da vida incluso. – Rua Trajano Reis, 170 SÃO FRANCISCO 30396818 / ABERTO De Terça a Domingo.
Clorofila – Infelizmente, serve peixe. Mas tem opções vegans. – R. Saldanha Marinho, 1110, Centro.
Mahatma Gourmet – São 10 pratos quentes diferentes todos os dias. Normalmente 7 deles são veganos. Não usam ovos, cebola e alho. – Rua Professor Macedo Filho, 199, Bom Retiro.
Sorella – Vegetariano com muitas opções veganas. Ficam em frente ao Museu Oscar Niemeyer! – http://www.sorellacentrocivico.com.br/
Veg Integral – Congelados Veganos – Várias delícias para entrega. http://vegfoodintegral.wordpress.com
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